O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mencionar o Brasil em um discurso realizado na Flórida no dia 27 de janeiro de 2025. Durante sua fala, ele criticou países que, segundo ele, “taxam demais” e incluíram o Brasil em um grupo de nações que “querem mal” aos Estados Unidos. Essa declaração reflete a postura protecionista de Trump, que busca favorecer a produção interna americana por meio da imposição de tarifas sobre produtos estrangeiros.
Trump enfatizou a necessidade de taxar produtos de países que, segundo ele, têm uma postura hostil em relação aos EUA. “Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal”, afirmou. Ele citou a China, a Índia e o Brasil como exemplos de países que impõem tarifas elevadas, destacando que essa situação não pode continuar. O presidente reiterou seu compromisso de colocar a América em primeiro lugar em suas políticas comerciais.
O republicano já havia mencionado o Brasil anteriormente, em novembro, após sua reeleição, como um exemplo de nação que aplica tarifas alfandegárias excessivas sobre produtos americanos. Naquela ocasião, Trump prometeu que os EUA adotariam um tratamento recíproco em relação às tarifas impostas por outros países. “Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa”, disse ele, enfatizando a importância da reciprocidade nas relações comerciais.
Na mesma ocasião, Trump expressou seu apreço pela palavra “tarifa”, afirmando que ela está entre as quatro palavras que mais gosta atualmente. Ele também comentou sobre um recente atrito com a Colômbia, que inicialmente se recusou a receber voos com imigrantes deportados. Em resposta, Trump ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre produtos colombianos, o que levou o presidente colombiano, Gustavo Petro, a recuar e aceitar os voos.
Trump destacou que sua administração está comprometida em proteger os cidadãos e os negócios americanos por meio da imposição de tarifas. Ele mencionou que essa estratégia poderia gerar trilhões de dólares para o tesouro dos EUA, especialmente de países que, segundo ele, não contribuem adequadamente para a economia americana. Essa abordagem reflete a visão de Trump sobre a necessidade de fortalecer a economia interna.
Desde sua campanha presidencial, Trump tem reiterado suas promessas de aumentar tarifas sobre produtos chineses e de criar novas tarifas para outros países. Na semana anterior, ele anunciou que a União Europeia também seria alvo de tarifas, além de discutir a imposição de uma taxa de 10% sobre produtos importados da China, citando preocupações com o tráfico de drogas.
Embora Trump tenha prometido implementar tarifas assim que assumisse o cargo, ele não o fez imediatamente, o que resultou em uma queda do dólar em relação a outras moedas. Essa situação demonstra a complexidade das relações comerciais internacionais e os desafios que o governo dos EUA enfrenta ao tentar equilibrar interesses internos e externos.
As declarações de Trump sobre o Brasil e outros países refletem uma estratégia comercial agressiva que visa proteger a economia americana. À medida que as tensões comerciais aumentam, a comunidade internacional observa atentamente as ações do governo dos EUA e suas implicações para o comércio global.