A estimulação ovariana controlada é um dos principais pilares dos tratamentos de reprodução assistida. Segundo o médico especialista Oluwatosin Tolulope Ajidahun, esse processo consiste na administração de medicamentos hormonais com o objetivo de estimular o crescimento de múltiplos folículos nos ovários. Dessa forma, aumenta-se a chance de obter mais óvulos viáveis para a fertilização, etapa essencial em técnicas como a fertilização in vitro (FIV).
Esse procedimento é indicado principalmente para mulheres com dificuldades de ovulação ou que estejam se submetendo a tratamentos de fertilidade. Entender as etapas do tratamento e os efeitos colaterais comuns ajuda a paciente a se preparar de forma mais tranquila e consciente. Leia mais:
Fases da estimulação ovariana controlada: o passo a passo do tratamento
O processo de estimulação ovariana controlada se inicia com a avaliação hormonal e o acompanhamento por ultrassonografia transvaginal. De acordo com o especialista Oluwatosin Tolulope Ajidahun, esse monitoramento inicial serve para determinar o momento ideal para começar a administração dos hormônios, que pode variar conforme o perfil hormonal da paciente e seu histórico clínico. O objetivo é garantir que a resposta ao tratamento seja adequada e personalizada.
Após o início da medicação, o crescimento folicular é avaliado de forma periódica, geralmente a cada dois dias. Durante essa fase, a equipe médica ajusta as doses hormonais de acordo com a resposta dos ovários. Quando os folículos atingem o tamanho ideal, é administrado um hormônio para induzir a ovulação. Esse momento é crucial para o sucesso da coleta dos óvulos e da posterior fertilização.
Efeitos colaterais da estimulação ovariana: o que pode acontecer
Durante a estimulação ovariana controlada, algumas mulheres podem experimentar efeitos colaterais, geralmente relacionados ao aumento dos níveis hormonais no organismo. Como aponta o médico Tosyn Lopes, sintomas como distensão abdominal, sensibilidade nos seios, alterações de humor e leve retenção de líquidos são comuns, mas tendem a desaparecer após a finalização do protocolo. Esses efeitos são, na maioria, esperados e não costumam representar riscos graves.

No entanto, em casos mais raros, pode ocorrer a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), uma condição que exige atenção médica. Essa síndrome se manifesta quando os ovários respondem de forma exagerada aos hormônios, podendo causar dor intensa, náuseas e acúmulo de líquido no abdômen. O acompanhamento rigoroso feito durante todo o tratamento permite detectar precocemente qualquer sinal de complicação e ajustar o protocolo, se necessário.
Expectativas realistas e preparo emocional
Entender cada fase do processo e os possíveis efeitos colaterais ajuda a construir uma experiência mais positiva. Conforme explica o médico Tosyn Lopes, é fundamental que a paciente mantenha uma comunicação aberta com sua equipe médica, esclarecendo dúvidas e relatando sintomas. O preparo emocional também é um componente essencial, já que o tratamento pode gerar ansiedade e expectativa em relação aos resultados.
Além do suporte médico, contar com acompanhamento psicológico pode fazer toda a diferença na forma como a paciente lida com o tratamento. A jornada da fertilidade exige paciência e resiliência. O aspecto emocional está profundamente ligado ao sucesso dos tratamentos reprodutivos. Ter uma rede de apoio, adotar hábitos saudáveis e manter o foco nos objetivos são estratégias recomendadas para atravessar esse período com mais equilíbrio e segurança.
Por fim, a estimulação ovariana controlada é uma etapa determinante nos tratamentos de fertilidade e, quando realizada com o devido acompanhamento, apresenta excelentes resultados. Para o Dr. Oluwatosin Tolulope Ajidahun, compreender as fases do tratamento e os efeitos colaterais mais comuns permite que a paciente participe ativamente do processo, com mais segurança e tranquilidade. Ao escolher profissionais capacitados e seguir um plano individualizado, as chances de sucesso aumentam significativamente.
Autor: Popov Smirnov