A Câmara inicia nesta segunda-feira uma espécie de “recesso informal” por uma semana. O período sem sessões em comissões e plenário foi acordado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários que pediram para que o feriado da Páscoa fosse estendido e permitisse aos parlamentares se dedicarem a negociações eleitorais na última semana de janela partidária, que se encerra no próximo dia 5.
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Com isto, matérias que seguiam sem acordo entre a Câmara e o governo só poderão ir a plenário a partir da segunda semana de abril. Outros temas importantes que seguem carentes de análise também precisarão esperar. Entre eles está a análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. A demora para a análise do caso teria tido como pano de fundo um recado ao Supremo, que havia decretado a prisão preventiva do parlamentar, em relação às recentes operações policiais contra parlamentares.
Lira teria se irritado ao ver Brazão chegar a Brasília algemado, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa, preso na mesma ação, não contava com a restrição. Sem comentar qualquer possibilidade de “revanchismo” em relação ao STF, Lira afirmou que a prisão de Brazão é um caso “sensível” para todos os deputados e será tratado “com cuidado”.
— Ele ficará preso até que o plenário da Câmara se posicione em votação aberta. É um caso difícil, sensível para todos nós. Todos tratam esse assunto com o máximo de cuidado pela repercussão que sempre teve, é complexo, é grande. Não há de se fazer nenhum tipo de batalha por isso — disse.